terça-feira, 21 de junho de 2016

Saudades

Henrique trabalha e mora em outra cidade, passamos a semana longe e nos vemos apenas nos finais de semana.

Porém, há finais de semanas que não nos vemos, isso ocorre quando ele viaja a trabalho. A saudade aperta.

Ele sempre muito carinhoso toda a noite ele me liga, não importa se escutamos apenas a nossa respiração, quando não temos assunto, mas ele sempre liga.

Duas semanas antes do feriado do dia do trabalho ele foi para São Paulo. Todo dia quando me ligava, a saudade apertava, eu não queria ouvir apenas sua voz, queria estar junto com ele, tocando-o.

Por complicações no trabalho, Henrique ficou doze dias na Capital. 

Falando assim, até parece que estamos juntos por um bom tempo, mas não, eu não conheci a família dele e nem ele a minha.

Combinamos em não falar sobre nós para ninguém, para não criar expectativas, afinal, estávamos apenas nos conhecendo.

Henrique pousou em sua cidade e mesmo já em casa, não nos encontramos, nos falávamos apenas por telefone.

No final de semana ele veio me buscar e perguntou se eu queria conhecer sua família, pois sua irmã iria passar uns dias na Itália e queria que eu a conhecesse antes dela viajar.

Sem jeito, não consegui negar, mas confesso, estava morrendo de vergonha. 

Falei para meus pais que iria até a cidade dele com uma amiga, pois ela iria buscar um vestido para uma festa (óbvio que era mentira).

Fui para a cidade dele, aproximadamente uma hora e meia de viagem. No caminho conversamos sobre vários assuntos, eu não queria confessar, mas estava apaixonada. 

Por estar apaixonada, pode ser que eu estava vendo coisas, mas eu sentia que ele também estava gostando muito de mim, eu não parecia ser mais uma pra ele, sabe? Bom, ao menos ele não demonstrava.

Eu não sei se ele se incomodou, mas no caminho todo eu coloquei minha mão sobre sua nuca e a acariciei. Mania! 

Chegamos no prédio dele. UAU! Prédio lindo, era o quinto andar, apartamento 54. 

A sala estava impecavelmente arrumada. Seu pai, mãe e irmã, estavam a nossa espera, o almoço estava quase pronto.

A mãe dele, pessoa sensacional, me tratou como uma princesa. O pai dele era mais brincalhão, um amor. A irmã, diva! que moça bonita, bem vestida.

Almoçamos, conversamos.

A irmã dele me convidou para irmos ao shopping. Andamos muito, ela comprou cada roupa e sapato, ai que inveja! Mas, para não me deixar só olhando ao final, ela me presenteou com uma bolsa, fiquei muito envergonhada. Como receber um presente e não retribuir? 

Mas, ao irmos ao CIA & COFFE, eu paguei nosso café, acho que ficou menos feio, né? Hahaha.

Voltamos ao apartamento, Henrique havia saído com dois amigos. E, agora o que eu ia fazer? Eu tinha acabado de conhecer sua família, não tinha muito o que falar. 

Mas, cerca de meia hora depois, ele chegou. UFA! Ele estava todo suada, havia ido jogar futebol.

Pedi para ele tomar banho, para irmos embora. A mãe dele, nos convidou para jantar, mas como eu havia dito para meus pais que estava acompanhando uma amiga na busca de um vestido eu não podia demorar.

Inventei uma desculpa para a mãe dele, ela compreendeu e, após ele tomar banho, ele me trouxe.

Como já estava um pouco tarde, jantamos, ele me deixou em casa, nos beijamos e ele se hospedou no Hotel I.

Ao chegar no hotel, ele me ligou, conversamos por uns vinte minutos e fui dormir.

Dia seguinte, bem cedo ele voltou para casa e a nossa semana voltou a mesma. Nos falávamos apenas por telefone, enquanto a saudade só apertava


 

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